Como você se sente quando suspeita que uma pessoa não está sendo autêntica, genuína – quando aparentemente esse indivíduo está representando, apresentando uma “fachada” com o objetivo de causar determinada impressão no interlocutor daquele momento?
Tal comportamento algumas vezes é descrito como “hipocrisia”. A raiz desta palavra vem do grego e é usada para identificar um ator, alguém que usa uma máscara, como ocorria nos tempos antigos. Quando assistimos a um filme ou a uma representação teatral ao vivo aceitamos que alguém proceda desta maneira porque este é o trabalho dos atores. Eles precisam exibir personagens bastante diferentes daquilo que realmente são, mas nós compreendemos perfeitamente o que significa “atuar”.
Entretanto, observar tal comportamento na vida cotidiana não é tão justificável. Nós queremos que as pessoas sejam autênticas – digam claramente o que pretendem dizer e sejam quem realmente são – e não se apresentem com falsidade para causar o efeito desejado. Geralmente observarmos essa contradição no cenário político – representantes oficiais ou candidatos fazendo discursos em que dizem exatamente o que acreditam que a audiência quer ouvir. Mais tarde, se pesquisas de opinião pública indicarem uma mudança de posição, eles passam a dizer coisas totalmente diferentes.
Evidentemente, isso também ocorre no mundo profissional e empresarial. O ex-ceo da United Van Lines, Rich McClure, compartilhou francamente em um de nossos eventos que certo dia, ele estava conversando com algumas pessoas próximo à mesa de seu assistente. Depois que as pessoas se foram, seu assistente lhe disse: “As pessoas podem dizer quando você está sendo autêntico e quando não está.”
Rich se sentiu culpado, porque o assistente estava certo. Ele simplesmente estava representando para aquelas pessoas, tentando impressioná-las e provocar determinada reação. Isso ficou óbvio para seu assistente – e provavelmente para as pessoas com quem falava também. Rich aceitou com humildade a repreensão bem intencionada e se determinou a aprender com o episódio e agir de forma diversa no futuro.
Ser autêntico em todas as nossas interações – seja no ambiente de trabalho, em casa ou na comunidade, nem sempre é fácil. Nós queremos que as pessoas pensem o melhor a nosso respeito e podemos nos sentir tentados a dar uma impressão falsa de nós mesmos, de nossas companhias ou produtos se acharmos que isso pode ajudar a alcançarmos o resultado desejado. Contudo, as pessoas podem detectar a falta de sinceridade quando não estamos sendo genuínos. “Usar uma máscara” na vida real pode provocar consequências bem desfavoráveis.
Por este motivo a Bíblia fala frequentemente sobre a importância de ser autêntico, garantindo às pessoas que não estão “comprando gato por lebre”. Salmos 15:1-2 ensina: “Senhor, quem habitará no Teu santuário? Quem poderá morar no Teu santo monte? Aquele que é íntegro em sua conduta e pratica o que é justo, que de coração fala a verdade.”
Outra passagem fala do benefício de ser autêntico, alertando contra a tentativa de iludir ou enganar: “Quem anda com integridade anda com segurança, mas quem segue veredas tortuosas será descoberto.” (Provérbios 10:9).
No ambiente de trabalho, a despeito das circunstâncias externas, todos nós devemos nos esforçar para sermos conhecidos por nossa autenticidade. Como Provérbios 24:26 declara, “A resposta sincera é como beijo nos lábios.”
Próxima semana tem mais!
Fonte: www.cbmc.org.br