Certo dia um amigo e eu estávamos no carro conversando sobre todas as frequências eletromagnéticas que passavam pelo ar que não podíamos ver, e o impacto que elas poderiam estar causando em nossos corpos. É algo em que raramente pensamos. Até quando enviamos uma mensagem através do nosso telefone, há todas essas coisas invisíveis, mas reais, acontecendo para que essa mensagem chegue ao seu destino.
Isso me fez pensar na realidade espiritual em que vivemos. Existe uma atividade acontecendo no reino espiritual, coisas que ainda não podemos ver, mas são muito reais e impactam nossas vidas físicas. Ouvi um podcast alguns meses atrás onde essa realidade espiritual se tornou muito evidente para uma jovem que era médium e estava envolvida no ocultismo antes de entregar sua vida a Cristo. O que ela achava que era bom (um “guia espiritual”) revelou suas verdadeiras cores do mal (um espírito demoníaco) quando ela começou a conhecer Jesus e o cristianismo.
O que nos permite ter acesso às armas espirituais e à autoridade que temos em Cristo é algo simples, mas que nossas próprias mentes podem querer complicar: a fé.
Ora, a fé é a certeza (título de propriedade, confirmação) das coisas esperadas (garantidas divinamente), e a evidência das coisas não vistas [a convicção de sua realidade – a fé compreende como fato o que não pode ser experimentado pelos sentidos físicos]. Hebreus 11:1 (AMP)
Aqui está um trecho do dia 16 de Intimidade, Intercessão e Crescimento: Uma aventura de 31 dias com Jesus para explorar uma vida de oração na fé (pp. 63-64):
A palavra grega para fé é pistis e pode ter os significados de certeza, crença, fé e fidelidade. É uma convicção da verdade. Mas não é uma fé em nada; a uma fé na pessoa de Jesus Cristo é o que importa aqui. Observe que em João 14 Jesus disse: “Quem crê em mim” também fará as obras que Ele fez. Isso é o que significa colocar plena confiança em Jesus. Muitas vezes, quando Jesus falava sobre fé, Ele a associava com o oposto – falta de fé ou dúvida (por exemplo, Mateus 17:17, 20; 21:21) e Paulo descreveu Abraão como alguém que “não tinha incredulidade, plenamente convencido de que Deus era capaz de fazer o que havia prometido” (Romanos 4:20-21).
Quando Jesus repreendeu Seus discípulos por não serem capazes de curar um menino, Ele disse que era por causa de sua “pouca fé” (Mateus 17:20). No entanto, não acredito que Jesus estivesse se referindo aqui ao tamanho da fé deles; Eu creio que Ele estava falando sobre a confiança deles. Outras traduções dizem “incredulidade” ou “falta de fé”, e a palavra no grego vem da palavra oligopistos, que significa “falta de confiança”. Eles não estavam convencidos de que Deus poderia fazer isso. Jesus disse que se eles tivessem fé do tamanho de um grão de mostarda (que é minúsculo), eles seriam capazes de mover montanhas, então não é tanto o tamanho da sua fé que importa; o importante é crer plenamente que Jesus é totalmente capaz de fazer todas as coisas. Outra maneira de colocar, como Santa Teresa de Lisieux tão eloquentemente colocou, é “confiança na misericórdia de Deus” [Manuscrits Autobiographiques, dedicado a Madre Maria do Sagrado Coração, Office Central de Lisieux, 1956, 237]. Afinal, estamos invocando a misericórdia de Deus quando O invocamos em oração.
À medida que nos engajamos nessa batalha espiritual, devemos também engajar nossa fé. Fé de que Deus é quem Ele diz que é e fé de que Ele é capaz de fazer “muito mais abundantemente além daquilo que pedimos ou pensamos” (Efésios 3:20, NKJV). Da próxima vez que você enviar uma mensagem de texto, pense na fé simples que você tem de que o reino invisível está fazendo seu trabalho para cumprir a tarefa. Então pergunte a si mesmo: “tenho a mesma fé simples de que Deus está trabalhando em meu favor no reino invisível?”
Tenha fé, Ele está!
Lyndal Walker Diretora Internacional de Oração – Youth For Christ