Por que precisamos ir à igreja de novo?

Por que precisamos ir à igreja de novo?
Por: Matthew Westerholm
As crianças fazem essa pergunta com frequência. Eu sei que meus três meninos têm me dado muitas oportunidades para responder a essa questão. Como um líder de louvor, tenho vergonha de admitir que já me vi diante de outro culto e fazendo a mesma pergunta: por que de novo? Nós falhamos ou erramos na semana passada? O culto da semana passada não foi suficiente?
Nem sempre tive boas respostas imediatas, além de um mandamento bíblico de não deixarmos de congregar (Hb 10.25), mas com o passar do tempo, tenho sido encorajado por uma visão mais ampla das Escrituras e de autores cristãos piedosos. Tendo enfrentado o desafio de expressar esses encorajamentos de um modo que as crianças possam entender, e meu próprio coração aceitará, permita-me dar minhas três melhores respostas:
Então, por que devemos participar da adoração congregacional?

  1. Porque Jesus está vivo.

Nós vamos à igreja hoje porque Jesus está vivo. Você pode não se lembrar disso, mas Jesus ressuscitou dentre os mortos em uma manhã de domingo. À medida que a notícia se espalhou, todos os seus amigos passaram o dia todo contando um ao outro a história e falando sobre o que tudo aquilo significava. Eles o chamaram de “o Dia do Senhor”. Esse foi um modo emocionante de passar o dia e, assim, decidiram fazê-lo novamente na semana seguinte. E toda semana, desde então, há dois mil anos.
Então, pense nisso como o seu aniversário. O dia em que você nasceu é tão especial para as pessoas que o amam que nós o celebramos todos os anos. O dia em que Jesus ressuscitou dentre os mortos é tão especial para as pessoas que o amam que o celebramos a cada semana.

  1. Porque desejamos lembrar do evangelho e praticá-lo.

Nós vamos à igreja para lembrar e praticar o evangelho. Algumas palavras são mais fáceis de aprender do que outras. Parece que ninguém precisa nos ensinar palavras como “meu” e “não”. Outras palavras são mais difíceis e levam muito tempo para aprender — palavras como “obrigado” e “sinto
muito”. Mas essas palavras também são importantes e precisamos aprendê-las.
A igreja é um lugar onde podemos praticar essas palavras das maneiras mais importantes. Podemos ver o nosso pecado e o que ele significa, podemos nos arrepender em nossos corações e dizer: “Deus, sinto muito por pecar contra ti”. Podemos ouvir as suas palavras de perdão para nós e dizer: “Obrigado, Jesus, por me salvar”.
E assim como nós nem sempre sentimos tristeza ou gratidão quando dizemos essas palavras, às vezes nossos corações caídos não sentem tristeza pelo nosso pecado ou gratidão por nosso Salvador. Porém, nos reunimos para pedir ao Senhor que restaure esses corações e nos ajude a sentir a verdade do que estamos dizendo. E vemos que as palavras que costumavam ser naturais — “meu” e “não!” — se tornam cada vez mais difíceis de serem ditas.

  1. Porque queremos aprender a amar pessoas diferentes de nós.

Nós vamos à igreja para amar pessoas que são diferentes de nós. Quase todos apenas querem passar tempo com quem se sentem mais confortáveis. As pessoas geralmente querem sair com pessoas que são da mesma classe social, têm a mesma cor de pele, têm a mesma idade, gostam da mesma comida e assistem aos mesmos programas de TV. Outros tipos de pessoas são estranhos para elas.
Mas há um grande perigo nisso, porque o mundo está repleto de muitas pessoas que são muito diferentes. Se apenas passarmos tempo com pessoas como nós, seremos levados a acreditar que somos melhores do que aquelas pessoas que não são semelhantes a nós.
Na melhor das hipóteses, nossa igreja nos ajuda a evitar esse problema. Isso nos lembra que, fundamentalmente, a coisa mais básica sobre nós não é nosso dinheiro, nossa cor de pele, nossa idade ou nossos gostos favoritos. A coisa mais básica sobre nós é que somos pecadores que necessitam de um Salvador. Por causa disso, nossa igreja está cheia de pessoas que são diferentes de nós, e todos nós aprendemos que não somos melhores que os outros, mas todos carecemos da mesma graça.
Nós nos reunimos com pessoas diferentes e lembramos que também somos diferentes, e reconhecemos que o evangelho reúne pessoas diferentes ao seu Deus.

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