Neemias – Parte 09 – Lidando com ataques pessoais

Lidando com ataques pessoais
COMO LIDAR COM A OPOSIÇÃO SEM DESMORONAR-SE
NEEMIAS 6:1-9
Ao abrirmos Neemias 6, vemos que o muro já foi completado, embora os portões ainda não tivessem sido colocados.
Quando Sambalá e seus colegas de conspiração perceberam que foram vencidos por Neemias, resolveram atacá-lo pessoalmente. Tinham uma vingança a resolver. Primeiro, recorrem à intriga (6:1-4); depois, à insinuação (6:5-9), e, finalmente, à intimidação (6:10-14) para atingir seu fim. Seu orgulho ferido não será acalmado enquanto não humilharem a Neemias.
O ciúme de Sambalá e associados toma primeiro a forma de intriga. “Vem, encontremo-nos nas aldeias”. Este convite, por carta, é uma medida muito astuta. Sua possibilidade é mortal. Até que ponto se confia no inimigo quando ele aparece repentinamente com um “ramo de oliveira” na mão?
Neemias não abandonaria a sua liderança e sabia do perigo de aceitar tal “convite”. Ele tinha sabedoria prática, conhecia suas prioridades e não se permitia um desvio de cumpri-las. Seu exemplo mostra também a necessidade de discernimento adequado e a importância do tato. Ele não antagonizou Sambalá, mas insistiu em exercer sua própria autonomia. Sua capacidade de ver claramente as questões e ficar firme sob pressão guardaram-no de cair nas artimanhas dos inimigos.
Sambalá e seus colegas tentam nova estratégia: insinuações. Ele manda seu servo a Neemias com uma carta aberta em mãos. Esta carta aberta é o cúmulo da indignidade. A acusação de traição, mesmo infundada e provada mentirosa, será o suficiente para impugnar os motivos de Neemias, manchar a integridade dele e minar sua influência.
As pessoas estão sempre prontas a acreditar no pior com respeito aos outros. A menos sombra de comportamento indiscreto e a pessoa envolvida é considerada culpada. Neemias, porém, enfrentou as insinuações com coragem invejável, negando abertamente. A sua resposta revela que ele tem segurança interior. Ele sabe que, no final, o que realmente importa é o que Deus pensa dele. Isso coloca o ataque em nível diferente. Traz ao quadro Deus e liga Neemias a outro mundo de realidade, capacitando-o a aguentar a calúnia. Ao enfrentar esta nova forma de oposição, Neemias recorre à oração. “Agora, pois, ó Deus, fortalece as minhas mãos”.
Quando pessoas pensam mal de nossos motivos, semeiam inimizade entre os nossos subordinados e enfraquecem a nossa posição, o nosso único recurso é negar abertamente aquilo que é claramente falso e orar.
Segundo Maurice Wagner, a segurança pessoal vem de nosso relacionamento com as três pessoas da Divindade. Nossa relação com Deus Pai dá-nos um senso de pertencer. Nossa união com Cristo dá-nos um sentido de significado. A habitação do Espírito Santo dota-nos de poder, nos fazendo capazes para toda tarefa. Esta segurança ajuda-nos a aguentar as acusações sutis daqueles que impugnam os nossos motivos e tentam impedir a obra que estamos realizando.
Neemias demonstrou também grande discernimento e coragem. O seu discernimento veio de uma experiência pessoal com a Palavra de Deus – aplicando-a à sua vida e às situações que enfrentava.
Quanto mais entendermos a Bíblia, melhor poderemos discernir a vontade de Deus. Quanto mais nos familiarizarmos com as escrituras, tanto mais fácil será saber o que Deus quer e poderemos agir de acordo.
Neemias também não gastou tempo tentando justificar-se, mas negou a situação e entregou toda a questão ao Senhor, deixando tudo nas suas mãos e preservando sua estabilidade emocional. A vida de oração de Neemias era importante. Ligava-o ao mundo da realidade. Ele sabia que o Senhor era a fonte de sua força. Conforme seu costume, nas situações difíceis e críticas da vida, ele recorria à oração. Desta forma ele cuidava da tensão e fadiga de seu alto cargo.
Este é um resumo do capítulo 9 do livro “Neemias e a dinâmica de liderança eficaz”, de Cyril Barber, Editora Vida.
Por Eliane Werner – Mocidade para Cristo
 
 

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